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28 de agosto de 2008

Restauro - Austin Cooper S MKI (1965) (# 6)

A qualidade das peças novas...
Pelo que já se aperceberam da descrição do restauro, adquiri ao longo deste 3 anos bastantes peças novas, isto é, não NOS (new-on-stock) mas peças iguais ás originais fabricadas actualmente.
Não fiz quaisquer concessões em matéria de segurança, pelo que direcção , travões, suspensão e parte eléctrica são 'novos'. Toda a parafusaria é nova, e muitos destes (especialmente diferencial e motor, tendo neste, na parte baixa do mesmo, utilizado pernos ARP) foram mandados fazer propositadamente em materiais de melhor qualidade.

Dado que esta minha atracção pelos Cooper já vem de longe, e mesmo antes de iniciar este restauro fui coleccionando algumas peças consideradas mais raras (todas NOS) e que apliquei agora nesta reparação, apesar de muitas delas serem destinadas a um projecto que tinha - uma réplica dum Cooper S 'works' - mas do qual desisti devido aos custos previstos serem astronómicos, se executada com fidelidade.
Mas o propósito deste tópico é colocar em evidência a falta de qualidade que se constata nalgumas das peças replicadas das originais ... isto apesar de serem fabricadas com meios tecnológicamente muito superiores aos de então , de há 50 anos, o que me levou, em determinados casos, a recuperar a peça original. Julgo que esta situação se estende também a outras marcas. Aliás a regra parece ser manter a todo o custo a peça original se tal não afectar a fiabilidade ou segurança.

Também acontece que para facilitar o fabrico em grandes séries (ex: peças fundidas) , a peça é modificada, mantendo a sua funcionalidade mas diferindo da original no seu formato, por vezes em pequenos pormenores, mas que lógicamente também contam.
O 'made in china' estendeu-se também a esta actividade e nos grandes fornecedores de UK tal é evidente, aliás conforme referi no tema relativo aos interiores. Na foto ao lado e como atrás referi, a tal frente 'S' que deu um trabalhão...
Uma das alternativas - apesar de não ser grande adepto por falta de espaço e não pretender criar sucata- a que a maioria recorre é dispôr de um ou mais 'dadores' , neste caso Austin ou Morris 850 (apenas no tocante a detalhes de carroçaria e interiores) e visitas frequentes a 'industriais de materiais reciclados' (vulgo sucateiros), opção que me vai resolvendo alguns problemas mais bicudos, mas com custos 'obscenos' e peripécias negociais incríveis...

Há muita interajuda e solidariedade, é um facto, e tenho beneficiado disso.